Para muitas pessoas, as recordações de viagem que mais ficam registradas na memória são as experiências culinárias. As comidas típicas experimentadas e o modo como determinados povos preparam seus alimentos, tornam a viagem ainda mais especial.
Sendo o 5° país do mundo em território e dividido em regiões que abrigam culturas diversas, o Brasil possui uma rica gastronomia, o que tem levado muitas pessoas a viajarem para conhecer a história e a cultura por meio da culinária.
Com o crescimento do setor, os diversos programas culinários e de viagens, que dão destaque à alimentação, houve também uma maior procura pelo turismo gastronômico que conseguiu movimentar em 2018, 250 bilhões de reais no Brasil.
Acompanhe o artigo e entenda mais sobre o desenvolvimento do turismo gastronômico brasileiro.
De acordo com a Organização Mundial do Turismo, o terceiro maior incentivador de viagens é a gastronomia, ou seja, as pessoas decidem e escolhem seus destinos, considerando a culinária como fator importante.
Seja aquela famosa comida caseira preparada com receitas simples ou assinada por chefs reconhecidos, o mais importante nesse segmento turístico é a experiência que a gastronomia proporciona ao turista.
Através da imersão na cultura por meio das iguarias produzidas em determinada localidade é possível aprender a respeito de conhecimentos transmitidos entre gerações. Compreendendo assim os processos históricos pelos quais a comunidade passou ao longo dos anos.
Alguns lugares começaram a apostar na culinária como seu principal atrativo e o setor de turismo passou a dar maior destaque a gastronomia, outros, naturalmente possuem a gastronomia como um dos principais chamativos, compondo a história e a identidade local, como Salvador, por exemplo, cuja alimentação tem forte influência africana.
As rotas culinárias também ajudam os turistas que querem fazer essa imersão na cultura a partir da gastronomia.
A Estrada do Chocolate com a extensão de 40 km em Ilhéus, pode ser feita de carro.
A rota do Chocolate é dividida em Caminho do Cacau I e Caminho do Cacau II. No primeiro, é possível curtir as atrações naturais das cidades de Itacaré, Una, Uruçuca e Canavieiras, com passeio pelo Rio Pardo e banho de cachoeira. Para quem quer conhecer os povos originários, existem comunidades indígenas que recebem visitantes. O Caminho II oferece uma imersão completa no universo cacaueiro. Nas fazendas o visitante poderá acompanhar colheita, observar como as fábricas produzem e muito mais. É uma verdadeira viagem ao passado, através da produção do chocolate.
Na rota do café é possível conferir fazendas, adegas, museus, ranchos, restaurantes, tudo num ambiente que preserva a história desde 1880.
No Parque Nacional da Serra da Canastra, localizado no sudoeste do estado de Minas Gerais, é possível encontrar os queijos que conferem a identidade culinária dessa região: o queijo canastra. Encorpado e com sabor único a fabricação do canastra é facilitado pelo clima e altitude do local. Nessa rota, o visitante pode visitar fábricas e degustar os queijos produzidos por lá. A cidade mais visitada nessa região é o município São Roque de Minas.
Embora essa iguaria seja conhecida em outros lugares do país com um preparo diferente, como em Salvador, onde a receita é com azeite de dendê, os capixabas afirmam ter a moqueca original, ou como se diz por lá: “moqueca apenas capixaba o resto é peixada”. A moqueca é preparada com frutos do mar e é o orgulho culinário do local.
A Serra Gaúcha é referência quando o assunto é a produção de vinhos, pois é nessa região que estão os maiores produtores e os mais renomados do país. Outra característica que marca o lugar são as cantinas, uma herança dos imigrantes italianos. É possível degustar produtos como biscoitos, queijos, salames e claro, deliciosas massas. Podendo harmonizar todas essas delícias com os vinhos maravilhosos produzidos no local.
Por Fabíola de Moraes
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