Mesmo sem apoio da prefeitura, bloco irá fazer a festa pelas ruas de Curitiba.
Um dos blocos carnavalescos mas tradicionais de Curitiba-PR, o Garibaldis e Sacis, informou a todos que curtem a farra que fará o ensaio de pré-carnaval esse ano, mesmo sem o apoio da prefeitura da cidade, que esse ano não vai organizar o evento.
O grupo já está fazendo, como de costume, os ensaios abertos pelo centro e imediações. Segundo a coordenadora de comunicação do bloco, Anaterra Viana, tudo vai acontecer normalmente e o Carnaval vai ser sempre como nos anos anteriores. Ainda segundo a coordenadora, se o bloco mais famoso da capital não tem recurso para sair, as pessoas vão arrumar dinheiro de outra forma como era feito anos atrás, seja com a venda de camisetas, CD e até com a ajuda financeira dos foliões.
O bloco Garibaldis e Sacis foi fundado em 1999 e sempre arrastou milhares de pessoas atrás do seu imenso trio elétrico ao som das tradicionais marchinhas de Carnaval e desde 2012 toda a programação do festeiro bloco faz parte da grade de programação do Carnaval da capital paranaense.
A coordenadora informa que não é só o bloco Garibaldis e Sacis que vai desfilar, mas outros blocos de diversos bairros vão sair para as ruas também e para que o Garibaldis e Sacis saia no Centro Histórico de Curitiba, será necessária uma prévia autorização da prefeitura. Anaterra Viana ainda reforça que os bailes de pré-carnaval são uma imensa vontade da população da capital e que a intenção dos blocos é ir para os bairros, ou seja, fazer uma descentralização do evento, para maior participação de todos.
A contenção de despesas não chegou somente até aos animados blocos, pois a Fundação Cultural de Curitiba (FCC) tem uma dívida estimada em R$ 2,3 milhões e foi obrigada a reduzir o repasse de verbas para todas as escolas de samba de Curitiba, mesmo as mais tradicionais. Para se ter uma ideia, as escolas de samba do grupo especial A receberão a quantia de R$ 30 mil cada, pois até ano passado, cada uma recebia o dobro do valor. Para as escolas do grupo de acesso B, que recebiam R$ 30 mil, esse ano vão receber somente R$ 18 mil, segundo fontes ligadas a Fundação Cultural.
Rodrigo Souza de Jesus
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