O município de Cunha, a 235 quilômetros de São Paulo, é considerado o maior centro de cerâmica artística do país. Acredita-se que barro amassado e moldado está entre as mais remotas manifestações em que o utilitário, o artístico e, muitas vezes, também o sagrado confraternizam-se nas mãos humanas, em co-criação com o divino – assim como deve ter sido o primeiro gesto de conservar e transportar a água e os alimentos.
Nos ateliês abertos à visitação na cidade, podem-se encontrar esculturas, painéis, mosaicos, objetos de mesa e outros utilitários modelados por meio de diversas técnicas, como as de origem indígena-ibérica e as de origem oriental, da qual se destaca a cerâmica Raku, que tem sua origem no Japão do século XVI.
O nome deriva da família que cria, até hoje, as peças do aparelho de chá do imperador. A queima é rápida – chega a 950º em cerca de 60 minutos em forno pequeno, a gás. As peças são retiradas do forno incandescentes, colocadas em serragem de madeira alguns minutos e resfriadas com jato de água.
Destaca-se também a cerâmica Noborigama, em que os esmaltes são preparados com minerais decantados, cinza de casca de arroz e de eucalipto.
Para mais informações sobre os ateliês, inclusive sobre a abertura dos fornos: suenagajardineiro@gmail.come http://www.cunha.sp.gov.br/default.asp.
Por Christiane Suplicy Curioni
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